terça-feira, 29 de julho de 2014


Peço àqueles que amo que não me poupem da verdade. Que não construam abrigos onde eu possa ser protegida dos conflitos enquanto a vida se desenrola além dos sorrisos apaziguadores e semblantes de resignação.
Que a dificuldade seja o elo que nos aproxima também, talvez até mais que os momentos de bonança e calmaria. Que as vitórias sejam festejadas na sua medida, mas que meus braços possam acolher seus medos, cicatrizes e tristezas na mesma intensidade com que partilham a alegria.
Que eu possa ser forte quando você se fragiliza, e nem por isso maior que você. Que possamos dividir dúvidas, anseios, decepções... amparados numa vida de coerência e transparência. Peço que não me resguarde de sua vida, com tudo de bom e ruim que nela cabe.
Que não me oculte suas máculas, pois assim não saberei lidar com minhas próprias nódoas. Que sejamos claros, verdadeiros, justos_ nos bons e maus momentos. Acima de tudo, não me poupe de nada.  Fabíola Simões

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